Mercator – Cupons de desconto se popularizam no Brasil
Cupons de desconto se popularizam no Brasil
Numa época de crise, consumidores aproveitam para economizar utilizando a grande oferta de cupons de desconto que o mercado anda oferecendo. Além da crise, o aumento significativo do comércio eletrônico no Brasil fez os programas de cupons de descontos decolarem no país.
O Méliuz, que, além de cupom, oferece a seus usuários uma parte do dinheiro da compra de volta, praticamente dobrou o volume de negócios na comparação entre 2014 e 2015. No ano passado, foram R$ 320 milhões em volume de vendas frente a R$ 161 milhões em 2014.
“Definitivamente, o cenário econômico contribuiu para o crescimento”, afirma um dos fundadores do programa Méliuz, Israel Salmen. “Em um ano difícil como 2015, a gente dobrou de tamanho com um conceito novo, que enfrentou a resistência dos consumidores em um primeiro momento”, afirma.
Algumas pessoas que já utilizam o Méliuz há dois anos , fizeram seus cálculos, e além de ter descontos nas compras, já recebeu mais de R$ 700 de retorno. Na opinião dele, buscar boas oportunidades de economia deve ser um exercício constante.
Outra vantagem dos cupons atuais é a facilidade que a tecnologia está trazendo. Com o aplicativo da Cuponeria, por exemplo, o usuário pode entrar num supermercado, encontrar cupons de desconto com o próprio celular e garantir a economia.
A diretora de marketing da Cuponeria, explica que, em 2015, o número de cupons gerados no site e no aplicativo foi quatro vezes maior do que no ano anterior. “São vários motivos que explicam esse aumento, mas, agora, as pessoas realmente precisam economizar”, comenta.
A popularização dos cupons de desconto acompanhou a evolução do e-commerce brasileiro, avalia a fundadora do Cuponation, Maria Fernanda Diniz Junqueira. Entre 2011 e 2015 a busca por cupons na internet cresceu oito vezes mais. Em 2015, as vendas online cresceram 15%”, afirma Maria Fernanda.
O comércio tradicional, no mesmo período, apresentou uma queda de 4,3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além das vendas, cresceu também o número de pessoas que compram virtualmente. Segundo o site WebShoppers E-bit, 25% da população brasileira faz compras online.